terça-feira, 9 de outubro de 2012

Capítulo 10 - Flashback


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiii
Akie estou eu com um cap novo pra vcs.
Dsclp a demora e por pfvr n me matem, até pke se me matarem vcs n vão ter fic pra ler.
shaushauhsuahsuahsa
Enfim, apreciem a leitura, flo com vcs lá em baixo.
// Flashback em itálico.



Hick sacudiu a cabeça tentando afastar aquelas lembranças de sua mente, mas os flashbacks insistiam em passar por sua mente. As lembranças eram desagradáveis o suficiente, neste momento ele sentia falta da perca de memória. Cansado de tentar afastar as imagens, ele se deixou reviver em sua mente tudo o que aconteceu.
O sol brilhava forte no quintal de uma bonita e grande casa de três andares. Hick se encontrava sentado abaixo dos galhos de uma árvore com suas costas recostadas na mesma, ele lia um livro grosso e grande sobre música, o que sempre fora sua paixão. Seu sonho era tornar-se um cantor famoso, mesmo sabendo da dificuldade de conseguir isto, ele tinha em mente que devia lutar por seus sonhos. Com apenas sete anos ele já tinha uma mente mais madura do que a de muitos que são mais velhos que o mesmo.
O garoto pousou o livro emborcado em seu colo para não perder a página que estava lendo. Seus olhos se fecharam vagarosamente enquanto ele deixava sua imaginação levá-lo para frente de uma multidão que clamava por ele, gritava seu nome. Hick estava prestes a subir no palco quanto foi desperto de seus devaneios por uma criatura pequena e muito fofa. Grace.
Grace era a irmã mais nova de Hick. Era filha de Helena com seu atual marido na época, Richard Sulkin. A pequena tinha apenas cinco anos de idade e adorava o irmão como se este fosse a pessoa mais maravilhosa do universo. Tinha lindos e longos cabelos louro escuros, diferentes do de todos na família, sua pele tinha um tom azeitonado, seus olhos eram de ema coloração que variava entre o verde, o azul e o acinzentado, dependia da iluminação, ela era um pouco maior que a maioria das crianças de sua idade, mas o que a tornava realmente especial e querida por todos, era o fato de ser meiga e doce com todos, sem exceção. A garota tinha o coração mais puro que o irmão havia visto e ele a amava mais que tudo no mundo.
Grace vinha correndo em direção ao irmão, chamando seu nome repetidas vezes, cada vez mais alto que a anterior. Suas bochechas estavam um pouco avermelhadas, não se sabia se pelo calor ou por algum outro motivo. Quando finalmente alcançou Hick, a pequena curvou-se um pouco arfando vagarosamente tentando normalizar a respiração. O mais velho olhava para ela com os olhos semicerrados tentando adivinhar o motivo da correria toda.
– O que houve bonequinha de porcelana? – perguntou Hick atenciosamente.
Diferente do que costumava fazer, Grace não riu e pulou no colo do irmão, apenas continuou com a expressão séria no rosto encarando o do irmão. Sua expressão dizia que algo estava muito errado e Hick notou isso.
– Papai está bravo com você. Muito bravo. – a pequena demorou bastante para responder, e quando o fez sua voz soava chorosa.
– Por quê? – perguntou Hick franzindo a testa suavemente. Por sua cabeça passavam todas as coisas erradas que ele havia feito, como por exemplo, fugir da escola na aula de literatura, pois tinha dificuldade na matéria e em ler o que estava escrito, a professora sempre pegava em seu pé por isso. Ou talvez fosse por ter quebrado a pia do banheiro, embora ele não tivesse idéia de como havia feito aquilo.
– O quarto dele e da mamãe está todo destruído. O abajur está no chão quebrado, a cama quebrou, o guarda-roupa está todo revirado e o chão está todo sujo. Ele acha que foi você. – respondeu Grace ainda com a voz chorosa.
– Seu pai por acaso tem algum problema? – inquiriu o garoto já se alterando. – Ele me culpa por tudo, tudo que acontece nessa casa é minha culpa, tudo.
– Calma Hick! Se você conversar com ele direitinho e explicar que não foi você ele vai acreditar. – respondeu a pequena com a voz melosa.
– Doce ilusão essa sua Grace. Nunca que seu pai vai perder a oportunidade de me culpar por algo. Ainda mais hoje que a mamãe não está em casa e ele está de folga. – disse o irmão mais velho enquanto balançava a cabeça negativamente. – Esqueceu que ele me detesta?
– Isso não é verdade. O papai gosta de você. No fundo ele gosta. – disse a mais nova com a mesma voz melosa de sempre.
– Só se for no fundo do oceano, garanto que ele me adoraria lá. Bem no fundo mesmo, de preferência sem chance de escapar. – respondeu Hick meio que rindo das próprias palavras.
– O papai não é tão mal assim. Ele gosta de você, eu sei disso. – falou Grace olhando fixamente para o irmão.
– Grace ele só gosta de você e da Alli, de mim não, isso é um fato. Ele sempre arruma uma forma de me culpar por algo ou brigar comigo. – disse Hick um pouco ressentido, pois mesmo o padrasto não gostando dele, o garoto sentia afeição pelo mesmo.
Novamente Hick perdia-se em pensamentos em frente à irmã. Ela o observe enquanto este tinha uma expressão avoada no rosto, ele olhava para o nada quase como se estivesse paralisado por algum tipo de veneno. A garota já conhecia aquela expressão, ela indicava que ele estava voando alto perdido em pensamentos. Grace teve que estalar os dedos várias vezes para conseguir trazer o irmão à realidade. Este chacoalhou a cabeça algumas vezes quando se tocou de que a pequena tentava chamar sua atenção, então olhou para ela.
– Terra chamando Hick! Terra chamando Hick! – chamou Grace em tom de reclamação.
Hick apenas riu divertidamente antes de sussurrar um “Acordei!” para a irmã. Ele fechou o livro e fez um rápido cafuné na cabeça da irmã, então se dirigiu para dentro de casa. O garoto percorreu todo o perímetro do quintal lentamente sem nenhuma pressa de chegar em casa, pois sabia que assim que pusesse os pés lá dentro teria que ouvir as reclamações do padrasto e suas acusações sem fundamento.
Assim que passou pela porta e adentrou a sala de estar ele viu seu padrasto sentado no sofá com uma expressão descontente no rosto. Os braços de Richard estavam abertos e estirados pelo comprimento do sofá, suas pernas esticadas e seus pés pousados na pequena mesinha de centro. O perfeito cara folgado.
Hick fingiu que não o viu e passou reto por ele indo em direção a escada, subiu-a rapidamente, fazendo um pouco mais de barulho do que o necessário. O garoto pensou que o padrasto viria atrás dele, mas este não veio então ele fechou a porta do quarto e se jogou na cama olhando para o teto. Ele se perguntava o que Richard tentaria fazer desta vez. Da última vez que discutiram o padrasto tentou bater nele, mas ele por ser mais rápido conseguiu fugir correndo para a casa de seu melhor amigo Alex e lá ficou até que a mãe chegou do trabalho e foi buscá-lo.
Hick brincava com uma mexa de seu próprio cabelo enquanto olhava para o teto, pensou em pegar seu MP3 para ouvir música, mas a preguiça não o deixou fazer isso, então ele apenas começou a cantarolar uma música qualquer para passar o tempo. O garoto pretendia ficar no quarto até a mãe chegar do trabalho assim poderia fugir da bronca do padrasto e do que quer que ele estivesse planejando fazer consigo.
Alguns minutos mais tarde o rapazinho já havia pegado no sono, estava em um cochilo muito gostoso quando acordou com o barulho de batidas na porta de seu quarto, ele se levantou e foi checar quem era antes de abri-la. Quem batia na porta era sua irmã Grace. Hick abriu a porta e deixou a garota entrar para fazer-lhe companhia. Os dois ficaram conversando sobre assuntos aleatórios por mais ou menos uma hora.
O mais velho já havia praticamente esquecido sobre a raiva do padrasto quando este bateu à porta com força chamando seu nome. O garoto até pensou em não abrir a porta e deixar o padrasto lá, mas pensou melhor e viu que com a força que outro estava batendo provavelmente faria a porta quebrar, então resolveu abri-la.
Richard adentrou o quarto de Hick em passos largos, por sua expressão facial via-se de que ele estava muito bravo por ter sido ignorado pelo garoto quando este passou por ele na sala. Ele havia dado tempo para o enteado descer as escadas e ir pedir desculpa e receber sua devida punição como um bom garoto. Na cabeça dele o garoto não sabia o que era educação e muito menos respeito.
O padrasto agarrou o braço de Hick com força e começou a chamar o garoto de todos os nomes feios possíveis. Grace encostou-se à parede perto da cama do irmão e se sentou tampando os ouvidos com força tentando abafar o barulho dos gritos de seu pai e de seu irmão que agora retrucava tudo que o padrasto dele falava.
Richard foi para cima de Hick tentando bater no garoto, este fugiu do soco que o padrasto tentou lhe dar e acertou-lhe a perna com um chute, então o garoto saiu do quarto correndo e foi para o banheiro, o marido de sua mãe o seguiu. Richard segurou a porta do banheiro antes que o enteado a fechasse. Grace seguiu o pai e o irmão até o banheiro, onde os dois recomeçaram com a briga e todos os palavrões. A garotinha só conseguia ver os chutes e socos trocados pelo pai e pelo irmão, embora fosse jovem Hick era bastante forte, só que o padrasto do garoto era mais, apenas por ser adulto. A pequenina gritava pedindo que os dois parassem, mas nenhum deles lhe dava ouvidos, era como se a raiva houvesse deixado-os momentaneamente surdos.
A briga prosseguiu por vários minutos, o garoto sentia um ódio muito forte dentro de si, a raiva o consumia por completo, ele batia e apanhava do padrasto, até que chegou um momento onde a torneira da pia e a privada explodiram e a água começou a jorrar fortemente contra Richard, este bateu a cabeça na soleira da porta e caiu no chão desacordado.
Hick deixou o banheiro olhando para baixo com os olhos semicerrados, o garoto tropeçou em algo. O jovem praguejou baixinho por ter tropeçado, mas quando finalmente prestou atenção no que ele havia tropeçado o garoto gelou. Levaram alguns segundos até o garoto dar por si que havia tropeçado no corpo da irmã. O garoto checou o pulso da irmã com esperança de que ela estivesse viva, mas não estava ele fechou os olhos parado retamente refletindo sobre como aquilo poderia ter acontecido. A pequena Grace jazia morta no chão, tinha sangue saindo por suas cavidades nasais e por sua boca, seu corpo estava mole, pálido e sem vida, seus olhos fechados, seus lábios entreabertos como se ela estivesse prestes a falar algo.
Hick abaixou-se ficando de joelhos no chão, ele colocou ambos os braços suavemente em baixo da irmã e levantou-a cuidadosamente. As lágrimas começavam a rolar por seu rosto enquanto ele olhava para o rosto da irmã morta. Sua mão passeou pelo rosto dela suavemente fazendo uma última carícia, então o garoto se pôs a gritar. Ele não gritava palavras, apenas gritava alto.
Por dentro o garoto se xingava sentindo um ódio imenso de si mesmo. Mesmo não sabendo como havia feito aquilo, Hick sabia que fora o causador da morte da irmã e aquilo iria atormentá-lo pelo resto da vida. O garoto sentia uma dor no coração, uma dor forte, a dor da perca, da culpa, da decepção.
As lágrimas de Hick caiam na roupa de Grace enquanto este suspirava chorando. O garoto se sentia péssimo pelo que havia feito, se sentia sem chão, quase como se aquilo nunca fosse passar. Em seu íntimo ele desejava avidamente que aquilo fosse apenas mais um de seus terríveis pesadelos, mas ele sabia que não era um pesadelo, era real e ele teria que lidar com aquilo.
Hick balançou a cabeça novamente, desfazendo as imagens em sua mente. Ele lembrava-se perfeitamente do momento que viu sua irmã morta no chão e da dor que sentiu na hora. Dor esta que o atingia mais uma vez. O probatio pôs-se a chorar avidamente por causa das lembranças.
O Mini Hades limpou os olhos rapidamente quando ouviu alguém batendo de leve na porta de seu quarto. Ele se levantou e caminhou até a porta em passos curtos, e então colocou a mão na maçaneta preparando-se para abri-la. Tomou um grande suspiro, então finalmente abriu-a.
Continua...
Notas do Autor:
Oiiii! Como sei que muitos não costumam ler as notas finais, peço que hoje leiam. Desde já agradeço. Beijão a todos.


Notas finais do capítulo

Oiiii dnv.
Td bem com vcs?? 
Espero que sim.
Enfim, parando com a enrolação, gostaria de avisar que as atualizações da fic n teram uma data certa pra acontecer, meu fim de ano tah mto corrido, eskola, inglês, técnico, mãe e o escambau a 4 me atrapalhando, entum peço q tenham paciência e n abandonem a fic, continuarei a escrevê-la.
Bjs e deixem reviews se puderem.
Obg!

sábado, 8 de setembro de 2012

Capítulo 9 - Discussão


– Não vou perder meu tempo nem minha paciência com você seu inútil. – exclamou o probatio.
E dizendo isso Hick ergueu a cabeça e olhou com ódio para o rosto do garoto. De repente o pescoço dele começou a virar para o lado esquerdo e segundos depois se ouviu o barulho de ossos quebrando. O probatio sorriu e o corpo do ruivo caiu no chão mole. O semideus desconhecido estava morto.
Andrew e Rachel ficaram encarando Hick estupefatos. Nunca imaginaram que o garoto pudesse ser capaz de um ato destes. Ele sempre fora meio estressado, mas ninguém esperava que chegasse ao ponto de matar alguém.
Hick não demonstrava nenhuma remorso pelo que havia feito. Na verdade, ele até parecia orgulhoso de si mesmo, como se tivesse feito algo muito bom. Seus amigos estavam assustados com ele, mas ele fingia não perceber.
- Hick! – chamou Rachel.
- Oi! – respondeu ele virando-se para a amiga.
- Por que você matou aquele garoto? – perguntou a ruiva.
- Ele não quis se ajudar. Se tivesse respondido o que perguntei, ele estaria vivo agora. Ninguém mandou me desobedecer. – respondeu o moreno.
- Mesmo assim, não precisava fazer aquilo com ele. – disse a oráculo.
- Olha, deixa os sermões para depois okay? Agora vamos logo para casa, estou cansado. – falou o probatio.
- E o corpo, o que a gente vai fazer com ele? – inquiriu Andrew.
- Deixa ele aí oras, ninguém neste mundo pode provar que nós fizemos isso com ele. – respondeu Hick.
- Nós não podemos deixar ele aqui. – reclamou Andy. – E não fomos nós que fizemos isso, foi você Hick.
- Tanto faz. – respondeu o Mini Hades. – Façam o que quiserem com o corpo, não vou mover nenhum músculo para tirar este corpo daqui.
 - Eu não acredito nisso. Cadê aquele garoto gentil e bom que eu conheci? – perguntou Rachel.
- Para começar, ele que veio nos atacar, não fui eu que fui atrás dele procurando encrenca. Se você queria que eu deixasse ele te matar, era só ter dito. Agora se você preza por sua vida, deveria estar me agradecendo por salvá-la. – respondeu o filho de Hades.
- Você não precisava matá-lo para me salvar. Podia muito bem ter deixado ele ir embora. – disse a oráculo.
- Para ele contar para quem quer que ele estivesse servindo sobre a gente? Sobre onde nós estamos. Sobre o que estamos fazendo. E tudo mais que ele pudesse relatar. – respondeu o probatio. – Quer saber, não vou ficar discutindo. Vou para casa, vocês vem comigo ou não?
- Eu vou ficar, preciso levar o corpo dele para algum lugar. – falou Rachel.
- Andrew, fique com ela. É perigoso deixá-la sozinha com essa onda crescente de semideuses tentando nos atacar. – disse Hick.
- Rachel, vamos deixar o corpo do garoto aí. Nós estamos em ameaça constante de ataque, e eu sozinho não vou conseguir nos defender. – falou Andrew.
- Ele merecia pelo menos ser enterrado. – disse a oráculo.
- Que não seja por isso. – falou o probatio.
E então uma pequena vala se abriu no chão da qual o corpo do garoto foi puxado para baixo por um esqueleto. Rachel olhava aterrorizada enquanto o corpo dele era sugado para baixo. Andrew olhava inexpressivo para o corpo. Hick ajoelhou-se no chão arfando lentamente.
- Podemos ir agora? Estou morrendo de cansaço. Não sei se vocês lembram, mas usar as habilidades herdadas acaba com nossas energias e eu preciso descansar urgentemente. – reclamou o neto de Poseidon após fechar a vala do chão.

[...]

- Finalmente! Já estava começando a ficar preocupada. – disse Kayla ao ver os amigos passando pela porta e entrando em casa.
- Tivemos alguns imprevistos. – falou Hick já indo para o quarto.
- O que aconteceu? – perguntou Kay ao ver a expressão ainda assustada no rosto de Rachel.
- Fomos atacados por um semideus que quase matou a Rachel. – respondeu Andrew.
- O que ele fez? – inquiriu a filha de Afrodite colocando um braço em volta da amiga.
- Ele a prendeu pelo pescoço e disse que se nós, eu e o Hick fizéssemos qualquer movimento ele enfiaria a faca que ele tinha na mão no pescoço dela. – respondeu Andy.
- Como vocês a salvaram? – indagou Kayla sem conseguir imaginar um modo de eles terem salvado a ruiva.
- Foi o Hick, ele a salvou. – respondeu o filho de Athena.
- Como ele fez isso? – perguntou a garota.
- Ele matou o semideus usando uma habilidade herdada do avô dele que ele aprendeu. – respondeu Rachel que estivera calada até o presente momento.
Kayla tampou a boca aberta com uma mão. Ela nunca imaginou que Hick fosse capaz de matar alguém. Mesmo com essa informação, ela não conseguiu visualizar como ele conseguiu fazer isto sem o garoto ter matado Rachel.
- Como ele fez isso? – inquiriu ela.
- Ele conseguiu controlar o corpo do garoto. Ainda não sei como, mas ele fez o corpo do garoto agir de acordo com suas vontades. E como o garoto não respondia as perguntas dele, ele simplesmente o matou. Fez o pescoço dele se virar com força. Só conseguimos ouvir os ossos do pescoço quebrando. – explicou a oráculo.
Kayla assim como Rachel anteriormente, assumiu uma expressão aterrorizada no rosto. Para ela isso não podia estar certo, seu amigo era dócil e gentil, não teria coragem de fazer isso. Ele não seria mau a este ponto.
- Onde está o resto do pessoal? – indagou Andrew.
- Allison e Percy foram fazer compras. Steven e Jason foram à padaria e o Alex está no quarto deitado. – respondeu Kayla.
- Eles vão demorar muito para chegar? – inquiriu Rachel.
- Acho que não. – respondeu Kay.

[...]

- Quer dizer então que você matou alguém garotão? – perguntou Alex entrando no quarto do ex-namorado e fechando a porta atrás de si.
- Ele não quis responder minhas perguntas e também tentou matar a Rachel. – respondeu Hick com uma expressão mista de entediado com não quero falar sobre esse assunto.
- Não precisa ficar com essa cara. Não vim brigar com você nem nada, só vim perguntar se era verdade porque eu ouvi o pessoal comentando sobre isso lá na sala. – disse o filho de Apolo.
- É verdade sim. – falou o filho de Hades. – Que tal você deitar aqui do meu lado e agente mudar de assunto?
- Essa foi a melhor ideia que ouvi em dias. – respondeu Alex deitando-se ao lado de Hick.
Hick que estava meio sentado na cama ajeitou-se para ficar frente a frente com Alex. Seus rostos estavam muito próximos. O filho de Apolo sorria para o ex-namorado ao mesmo tempo em que lhe acariciava o cabelo.
- Eu realmente queria saber por que você sempre dorme sem camisa ou só de cueca. – disse Alex.
- É mais confortável. – respondeu Hick abafando um risinho.
- Mas ao mesmo tempo dificulta meu controle. – falou o filho de Apolo.
Hick não disse nada, apenas corou e ficou olhando para o ex-namorado.
- Lembra quando a gente se mudou para aqui e você não dormia sozinho porque tinha medo? – perguntou Alex.
- Lembro sim, você vinha dormir comigo todas as noites. – respondeu Hick.
- E lembra o que eu fazia pra te fazer dormir? – inquiriu o filho de Apolo.
- Lembro. – respondeu o Mini Hades começando a ruborizar.
- E você quer que eu te coloque para dormir? – indagou Alex se aproximando mais do rosto de Hick.
- Sim. – respondeu Hick deitando no ombro de Alex.
Com o braço livre Alex começou a fazer um cafuné em Hick ao mesmo tempo em que cantava uma canção de ninar no ouvido do mesmo. O neto de Poseidon fechou os olhos, ele estava cansado.
Não demorou muito, o garoto adormeceu nos braços do ex-namorado. O filho de Apolo ficou observando-o por mais alguns minutos assim como fazia quando ambos eram mais novos.
- Durma bem! – disse Alex levantando-se da cama e depositando um selinho nos lábios de Hick e então saiu do quarto.

[...]

- Hick! – chamou Alex mexendo no braço do ex-namorado para este acordar.
- Oi! – respondeu Hick com uma voz sonolenta.
- Yasmin chegou e o pessoal tá te esperando na sala. – disse o filho de Apolo. – Veste uma roupa vai.
- Mas já? – perguntou o probatio ainda sonolento.
- Já! Anda, vamos, ou serei obrigado a te vestir eu mesmo? – indagou Alex.
- Eu apreciaria bastante se você fizesse isso, eu to muito cansado e com muito sono. – respondeu Hick bocejando.
- Nada folgado você né? – inquiriu o filho de Apolo rindo e se dirigindo para a ponta da cama.
- Só um pouquinho... Ei, o que você tá fazendo? – perguntou o filho de Hades reclamando ao sentir o ex começar a puxá-lo pelas pernas.
- “My milkshake brings all the boys to the yard,
And they’re like
It’s better than yours,
Damn right, it’s better than yours,
I can teach you,
But I have to charge.” – cantou Alex ao terminar de puxar o ex para bem perto dele.
- “I know you want it,
The thing that makes me,
What the guys go crazy for.
They lose their minds,
The way I wind,
I think it’s time.” – completou Hick cantando ao mesmo tempo em que se levantava e começava a se vestir.
Hick e Alex começaram a rir juntos após a cantoria. O probatio havia recuperado seu humor, ele adorava cantar, ainda mais com o ex. O filho de Apolo por sua vez havia ficado um pouco para baixo, pois isto havia feito-o relembrar-se do passado. O filho de Hades se vestiu rapidamente e foi para a sala onde Yasmin e os outros esperavam por ele.

[...]

- E ele finalmente resolveu dar o ar de sua graça. – disse Steven sarcasticamente ao ver Hick entrando na sala. Pelo visto todos já estavam sabendo do pequeno homicídio cometido pelo probatio.
- Guarde seu sarcasmo para você Steven. – respondeu o Mini Hades dando um sorriso falso para o amigo. Hick acordou sem paciência para sarcasmo ou julgamentos de suas ações.
- Você mata alguém e quer que a gente aja como se fosse a coisa mais normal do mundo? Deixa eu te dizer uma coisinha amigo, não é. Ninguém aqui vai ignorar isto. Não sei se você já parou para pensar, mas todo mundo está um pouco assustado com você. Eu não os culpo, nem todos levam dividir um apartamento com um assassino na esportiva. – reclamou o filho de Athena perdendo a linha.
- Preferia que eu tivesse o deixado fugir e contar tudo para quem quer que ele estivesse trabalhando sobre nosso paradeiro? – perguntou o Embaixador do Submundo cinicamente.
- Teria sido melhor que matá-lo sem um motivo. – respondeu Steven seriamente.
- Ah, claro. Não tive nenhum motivo para matá-lo, eu deveria ter sido bonzinho e o deixar trazer um exército inteiro de semideuses atrás de nós. Não sei se você se lembra da batalha contra Cronos, mas ele tinha uma boa quantidade de semideuses com ele e garanto que Gaia ou quem quer que estivesse dando ordens àquele semideus deve ter uma quantidade igual se não superior. – argumentou o neto de Poseidon igualmente estressado.
Steven abriu a boca para dizer algo, mas Alex se intrometeu fazendo-o calar-se. O clima na sala estava pesado. Hick parecia nem ter notado a presença de Yasmin que estava encolhida ao lado de Rachel e Allison. Jason assistia a cena sem saber o que dizer ou fazer, ao mesmo tempo em que queria defender o Mini Hades, receava que o filho de Athena estivesse certo sobre o assassinato do semideus.
O probatio cansado de toda a discussão desnecessária deixou a sala e se encaminhou a seu quarto fazendo questão de bater a porta com força e trancá-la. Poderia parecer infantil da parte dele, mas ele odiava quando as pessoas o interpretavam errado. Era sempre ele quem saía como o mau da história. Era assim desde o acontecimento com aquela garota, ele se lembrava bem daquele dia. Foi o dia em que todos começaram a ter uma pulga atrás da orelha com ele.
Hick sacudiu a cabeça tentando afastar aquelas lembranças de sua mente, mas os flashbacks insistiam em passar por sua mente. As lembranças eram desagradáveis o suficiente, neste momento ele sentia falta da perca de memória. Cansado de tentar afastar as imagens, ele se deixou reviver em sua mente tudo o que aconteceu.

Continua...












domingo, 20 de maio de 2012

Capítulo 8 - Sangue


Neste momento Andrew adentrou no quarto e ficou parado olhando para os dois que ainda estavam na mesma posição agarrados. Ele continuou os encarando por alguns segundos antes de falar algo.
– Acho que interrompi alguma coisa. – disse ele com olhar fixado na mão de Jason que estava posicionada próximo a cueca de Hick.
– Não é nada de isso que você está pensando Andy. – Hick falou exasperado se levantando da cama.
– Você não precisa se explicar para mim. – disse Andrew olhando fundo nos olhos de Hick.
– Mas eu não quero que você tenha uma impressão errada do que aconteceu aqui. – disse o probatio.
– Relaxa Hick! É super normal fazer sexo com seu peguete loiro. – respondeu o filho de Athena.
– Nós não fizemos e nem íamos fazer sexo. – falou Jason.
– Me engana que eu gosto. – disse Andrew rindo.
– Acredite no que quiser. – falou Hick com a voz subindo algumas oitavas.
– Não precisa se irritar baby. Eu vou indo dormir então, boa noite. – respondeu Andy.
– Espera Andy. – chamou o probatio quando viu o amigo saindo do quarto.
– O que foi? – perguntou o filho de Athena olhando para trás.
– O que você tinha vindo fazer aqui? – indagou o mini Hades.
– Ah! – exclamou Andrew coçando a cabeça e completou. – Nada não, esquece.
– Tem certeza? – inquiriu o embaixador do submundo.
– Tenho. – respondeu ele com firmeza.
– Tudo bem então, boa noite. – disse o neto de Poseidon enquanto via o amigo atravessar a porta e sair do quarto.
Hick foi até o banheiro onde estava o shorts que Jason havia trazido para ele, vestiu-o e se deitou ao lado do loiro. Este estava ainda um pouco confuso com o aparecimento repentino de Andrew. Como se o Percy não fosse competição suficiente. O probatio podia não ter notado o olhar do amigo nele, mas o pretor notou e não gostou nem um pouco.
– Acho melhor a gente ir dormir Jay. – disse Hick. – Amanhã temos que ir atrás da Yasmin e levá-la de volta ao acampamento.
– Tudo bem, boa noite. – respondeu Jason beijando a testa do probatio.
Hick sussurrou um boa noite para Jason, virou para o outro lado e se cobriu, assim como o loiro fez. Pouco tempo depois o probatio ouvia os roncos abafados do pretor na cama. Ele se virou para o mesmo e ficou observando-o dormir, não estava com muito sono e definitivamente não conseguia dormir.
Quando enfim pegou no sono, o moreno sonhou com seu avô. Este lhe dizia para se apressar, pois o acampamento Júpiter precisava deles para algo importante. Pediu também para que este tentasse levar a irmã e os amigos, pois estes seriam de grande ajuda no que estava por vir. O embaixador do submundo tentou perguntar o que estava por vir, mas acordou antes de ouvir a resposta. A única coisa que o deus lhe disse foi para não esquecer que o sangue também era feito de água.
Ao acordar, a primeira coisa que o filho de Hades reparou foi em Jason que ainda estava dormindo. Pensou em acordá-lo, mas ao constatar que ainda era muito cedo, resolveu não fazê-lo. O garoto apenas levantou-se e foi em direção à cozinha, precisava de um copo de leite quente para se acalmar. O sonho o havia deixado agitado.
Ao chegar no local, para a surpresa de Hick, viu que Alex se encontrava parado encostado na bancada. O probatio caminhou até o amigo e se recostou na bancada ao lado do mesmo que ao vê-lo abriu um sorriso.
– Não conseguiu dormir? – perguntou Alex.
– Não muito, quando tinha pegado no sono, tive um sonho estranho e acordei. – respondeu Hick. – E você?
– Eu não consegui dormir. – respondeu o filho de Apolo.
– Por que não? – inquiriu o probatio.
– Muitas coisas na cabeça. – respondeu Alex.
– Quer conversar sobre isto? – se ofereceu o embaixador do submundo.
– Não, relaxa, são só coisas normais. – respondeu o filho do deus do Sol.
– Tudo bem... – disse o mini Hades. – Sabe, até agora eu não entendi uma coisa.
– O quê? – indagou Alex.
– Eu não entendo como vocês nunca são atacados por monstros. – respondeu o filho de Hades.
– Assim como o Acampamento Meio-Sangue, aqui também é um lugar para semideuses, só que para os mais velhos ou os que não querem ir para o acampamento. – explicou o filho de Apolo.
– Eu nunca tinha ouvido falar deste lugar. – disse Percy entrando na cozinha.
– Ah! Bom dia Percy! – falou Hick.
– Nem todos conhecem este local. – disse Alex ao mesmo tempo em que Hick.
– Bom dia pra você também Hick. – falou Percy. – Como você descobriu este local Alex?
– Este lugar foi fundado por um semideus que ajudou os deuses há muito tempo atrás. Ele ganhou um lugar para viver o resto da vida em proteção. Todo este quarteirão é protegido contra monstros, nenhum deles pode entrar aqui. – respondeu o filho de Apolo.
– Entendi. – disse o pretor.
– Que horas são? – perguntou o probatio.
– São 04h45min da manhã. Por quê? – indagou Alex.
– Só queria saber se estava muito cedo para acordar o Andrew. – respondeu o Mini Hades suspirando.
– Por que você quer acordar ele? – perguntou o filho de Poseidon.
– Ele conhece a Yasmin e vai me ajudar a achá-la. – respondeu Hick calmamente notando o ciúmes por trás da voz de Percy.
– Poder ir lá acordar ele Hick. Garanto que ele não vai se incomodar de ser acordado por você. – disse o filho de Apolo.
– Pode deixar que eu vou, preciso falar com ele. – falou Percy.
– Sobre o quê? – perguntou o probatio.
– Nada de mais Hick. – respondeu o pretor dando de ombros.
– Hm, tudo bem então, pode ir. – disse o embaixador do submundo desconfiado.
[...]
– Andrew! – chamou Percy balançando a cintura do outro.
– Quê? – perguntou Andrew ao acordar assustado e se deparar com o rosto de Percy lhe encarando.
– Primeiro, Hick pediu para vir te acordar para vocês irem atrás da tal Yasmin e segundo, eu tive uma ideia que pode nos ajudar. – respondeu o pretor.
– Ajudar com o que? – inquiriu o filho de Athena.
Percy sussurrou um você sabe, aproximou os lábios da orelha de Andrew e sussurrou seu plano bem baixinho. Enquanto ouvia o plano do garoto, Andy sorria, era um plano maravilhoso que eles deveriam por em prática o mais rápido possível.
[...]
– É ironia ou destino eu e você sempre ficarmos sozinhos nesta cozinha? – perguntou Alex com um sorriso malicioso nos lábios.
– Alex, eu já fiz merda o suficiente nas últimas vinte e quatro horas, não vou fazer mais. Quero me focar em encontrar a Yasmin e voltar para o acampamento com ela. – disse Hick entendendo as intenções do ex-namorado.
– Você vai me abandonar de novo. – falou o filho de Apolo um pouco ressentido.
– Na verdade, não vou. Eu preciso que você e os outros voltem comigo para o acampamento. – respondeu o probatio.
– Por quê? – perguntou o ex-namorado.
– Eu ainda não sei o motivo, mas sei que é importante que todos vocês voltem comigo para lá. – respondeu o embaixador do submundo.
– Eu vou, com certeza, mas não posso responder pelos outro. Nenhum de nós nunca foi ao acampamento, sempre vivemos aqui. – disse Alex.
– Eu preciso pelo menos tentar né. – respondeu o Mini Hades.
– Sua irmã com certeza vai te acompanhar, Andrew também, você só precisa convencer o Steven e a Kayla. – falou o filho de Apolo.
– Espero conseguir. – disse o neto de Poseidon.
– Você consegue sim. – falou o ex-namorado se aproximando e ficando de frente para Hick.
– Alex, não. – disse Hick se desvencilhando do ex-namorado e sentando na sala.
– Tudo bem. – respondeu Alex bufando.
[...]
– Se fosse soubesse o sobrenome da garota ajudaria sabe. – disse Andrew nervoso após Hick reclamar mais uma vez sobre como eles vão saber qual é a certa.
– Você quer o que? Que eu ore pro meu pai pedindo para ele me dizer o sobrenome dela? – perguntou Hick igualmente nervoso.
– Para o seu pai não, mas quem sabe Apolo, ele já te deu uma dica, não deu? – falou Andy.
– Posso até tentar, mas não acho que ele vá ajudar novamente. Essa missão não tem interesse para ele. – respondeu o embaixador do submundo.
– Enquanto vocês ficam aí só discutindo, perdem tempo de estar pedindo ajuda de qualquer deus que queira ajudar. Ao invés de discutir, ajam. Parece até que nunca procuraram ninguém na vida. Só sabem discutir e discutir e discutir. Isso não vai levar vocês a lugar algum. Vão logo pedir ajuda para os deuses ou eu mesma saio sozinha atrás dessa Yasmin. – disse Rachel estressada olhando friamente para Hick e Andrew.
– Já estou indo. – falaram Andrew e Hick juntos.
Antes de ir, porém, Andrew foi até onde Percy estava e sussurrou algo no ouvido do mesmo. O pretor apenas concordou com a cabeça e sorriu.
[...]
– Apolo disse que a Rachel vai saber identificar qual delas é a Yasmin que estamos procurando. – disse Hick.
– Cara, parece até que meu pai gosta mais de você do que de mim. – falou Alex.
– Por quê? – perguntou o probatio.
– Eu já orei para ele diversas vezes e ele nunca me ajudou, nunca falou comigo e nunca veio me visitar. – respondeu o filho de Apolo.
– Deve ser porque você nunca saiu em uma missão, garanto que se tivesse saído ele teria te ajudado assim como está me ajudando. – disse o neto de Poseidon.
– E além do mais, eu já devo dois favores para ele. – completou ele.
– Isso é verdade. – disse Alex. – Imagino o que ele vai te pedir. Pensa bem, ele já disse que você faz o tipo dele, vai que ele pede uma noite com você.
Hick resolveu não dizer nada, vai que o deus estivesse ouvindo. Não que ele não tenha achado Apolo super gato. Mas já estava atolado com problemas de relacionamento para embarcar em uma aventura sexual com o deus. Talvez nem seja isso que Apolo vá pedir, afinal, tem tantas coisas que ele poderia pedir, pra quê pedir uma noite com um semideus, não faz sentido.
– Hick, vamos. – chamou Rachel despertando Hick de seus pensamentos.
– Tá, vamos. – respondeu o garoto indo em direção a porta. – Cadê o Andy?
– Já está lá embaixo nos esperando. – respondeu a ruiva.
– Nem vi ele saindo. – disse o moreno.
– Você estava em seus mini devaneios momentâneo, já era de se esperar que não visse. – respondeu a oráculo.
Hick apenas riu e desceu a escada até a saída do prédio. Assim como Rachel havia dito, Andrew estava parado encostado na parede com um cigarro na boca, esperando por eles. O probatio se aproximou do amigo.
– Desde quando você fuma Andy? – perguntou ele.
– Faz quase um ano. – respondeu Andrew.
– Você sabe que isso vai acabar te matando né? – perguntou Rachel. – Cigarra dá câncer e vários outros problemas, sem contar que o cheiro é horrível. Tira esse cigarro da boca vai.
– Realmente Andrew, tira esse cigarro, esse cheiro é horrível. – apoiou Hick.
– Como vocês são chatos. – disse Andy tirando o cigarro da boca, jogando no chão e pisando nele para apagá-lo.
– E então, vamos? – chamou a ruiva.
– Vamos. – responderam os dois garotos.
– Qual vai ser a primeira Yasmin que vamos visitar? Onde vai ser? – perguntou a oráculo.
– Yasmin Lepore. Ela mora perto da faculdade onde eu estudo. – respondeu o filho de Athena.
– Quantos anos ela tem? – inquiriu o probatio.
– Dezenove. – respondeu Andrew.
– Então, vamos encontrá-la.
[...]
– E agora, qual é a próxima? – perguntou Hick.
– Yasmin Blinketer. Essa você conhece Hick, eu já namorei ela. – respondeu Andrew.
– Não sei se você lembra, mas minha memória não voltou cem por cento. – disse o probatio rolando os olhos.
– Onde ela está? – inquiriu Rachel.
– Deve estar na Academia de Arte Lullaby. – respondeu Andy.
– O que ela está fazendo na nossa antiga academia? – indagaram Rachel e Hick.
– Ela é professora de piano lá. – respondeu o filho de Athena.
– Tudo bem, vamos logo. – disse a oráculo.
Os três pegaram um ônibus e pararam em frente à antiga Academia onde Rachel e Hick haviam estudado. A rua da academia não era muito movimentada. Para falar a verdade, era totalmente parada, provavelmente pelo fato de todos estarem em aula. Não passava nenhum carro na rua. Ao descer do ônibus, a oráculo já foi entrando seguida pelo probatio e o amigo deles.
Todos pareciam conhecer Hick na academia. Toda vez que alguém passava por eles parava para falar com o garoto e às vezes com a ruiva também.
– A gente devia ir à sala dos professores procurar por ela. – sugeriu Andrew.
– Boa ideia. – disse Rachel.
Os garotos se dirigiram à sala dos professores. Ninguém tentou barrá-los, afinal eles eram ex-alunos e podiam visitar a escola. O caminho para a sala dos professores não era muito longo, no entanto, Rachel resolveu tomar um caminho diferente, queria visitar sua antiga sala de harpa.
No caminho para a sala de Harpa, eis que aparece uma garota morena de olhos e cabelos castanho-escuros, não devia ter mais do que quinze anos. Hick a reconheceu era a garotinha mais nova da sua antiga aula de canto. Ficou se perguntando qual era o nome dela e então se lembrou que ela se chamava Yasmin.
– Mi! – gritou Rachel chamando a garota. – É ela pessoal, tenho certeza. – completou sussurrando para os dois garotos.
– Como você sabe? – perguntou Hick aos sussurros também.
– Você não está vendo aquela camada ver brilhante em volta dela? – inquiriu a ruiva.
– Não. – respondeu o probatio cerrando os olhos tentando enxergar a tal camada verde.
– Vai por mim, é ela. – disse a oráculo.
Como Apolo havia dito que Rachel saberia qual era a garota certa, os garotos acreditaram nela e foram falar com a garota também.
– Quanto tempo Rachel, Hick. Oi Andrew. – disse Yasmin quando os três chegaram perto dela.
– Você ainda se lembra de mim. – falou Andrew rindo.
– Como se eu fosse esquecer o garoto ciumento que vinha trazer o Hick às vezes e odiava quando eu chegava perto do menininho dele. – respondeu ela rindo também.
– Eu costumava te trazer aqui quando o Alex não vinha e eu não gostava dela perto de você. – explicou Andy para Hick ao ver a cara de interrogação do mesmo.
– Entendi! – disse Hick.
– Nós precisamos conversar Yasmin. É um assunto muito sério. – falou Rachel séria.
– Tudo bem, vamos conversar lá fora. – disse Min.
Os quatro se dirigiram à saída da academia e se sentaram para conversar em uma pequena lanchonete que havia ali. Pegaram uma das mesas mais distantes que ficava perto de uma parede de vidro.
A lanchonete até que era bem organizada. Não era muito grande. Lá dispunha de vinte e duas mesas espalhadas pela área da mesma. Tinha um pequeno balcão de madeira onde eram feitos os pedidos para viagem. As mesas eram todas cobertas por uma toalha xadrez em branco e vermelho. Em cima das mesas havia um saleiro, um vidrinho de pimenta, um de azeite e guardanapos. As paredes eram três de madeira e uma de vidro. O chão era de madeira pura e envernizada.
Os quatro pegaram o cardápio para ver o que pediriam para comer e beber. Uma garçonete loira com um uniforme vermelho parou em frente a eles mascando um chiclete com cara de quem não queria estar trabalhando ali.
Hick pediu um x-bacon e um suco de morango com leite, Rachel pediu um x-salada e uma coca light, Yasmin preferiu um x-burguer com uma soda e Andrew pediu um duplo com cheddar e um suco de abacaxi com hortelã. A garçonete anotou os pedidos dos garotos e voltou para o balcão para entregar a lista para o cozinheiro.
Assim que a loira saiu, os garotos resolveram começar a conversa, quanto antes começassem mais cedo poderiam sair dali e levar Yasmin para o acampamento e por fim terminar esta missão.
– Eu não sei como dizer isto. – disse Hick.
– Pode deixar que eu assumo. – falou Rachel.
– Yasmin, seu pai já falou sobre sua mãe? – perguntou a ruiva.
– Não muito. – respondeu a morena.
– O que ele te contou? – inquiriu a oráculo.
– Ele me contou que ela não pode ficar conosco e que eu não precisava ir atrás dela, que no momento certo eu ia encontrá-la. – respondeu Yasmin.
– Só isso? – indagou Rachel.
– Só. – respondeu Mi. – Mas por que essas perguntas sobre minha mãe?
– Nós sabemos quem ela é. – disse Hick. – E precisamos te levar até o acampamento.
– Quem é ela? E que acampamento é esse? – perguntou a morena.
– Você é filha de Afrodite. Você é uma semideusa Yasmin. – respondeu Andrew.
– Isso não pode ser verdade, meu pai teria me contado. – disse Yasmin.
– Ligue para ele e conte o que está acontecendo, ele vai lhe confirmar nossa história. – sugeriu a ruiva.
– Vou fazer isto. – respondeu Mi.
Yasmin pegou o celular do bolso e ligou para o pai. Conforme ela foi contando para ele, ele foi confirmando a história dos amigos e dando a ela permissão para ir com eles. O que ninguém percebeu foi que a garçonete estava ouvindo tudo ali perto enquanto vinha com a bandeja com os pedidos deles.
Ela colocou os pedidos em frente dos garotos e saiu acelerando o passo. Quando chegou ao balcão, ela pegou o telefone e ligou para alguém. Os quatro não prestaram atenção nela, apenas ficaram comendo e conversando. Yasmin ainda estava meio assustada e inquieta com as recentes revelações. Ela nunca imaginou que pudesse ser uma semideusa.
Ao terminarem de comer, Andrew chamou a garçonete e pediu a conta. Esta estava com um sorrisinho estranho no rosto, como se soubesse de algo que eles não sabiam. Ela trouxe a conta, Andy pagou e os garotos saíram da lanchonete.
– Eu preciso ir em casa buscar algumas roupas. – disse Yasmin.
– Tudo bem, o endereço é este. – falou Andrew pegando um bloquinho de anotações no bolso, rabiscando um endereço e entregando a Yasmin.
– Eu encontro você lá daqui à uma hora. Vou pedir para meu pai ir me levar. – disse Mi.
– Tudo bem, até mais tarde Mi. – falou Rachel.
– Até mais. – respondeu a morena voltando para a escola de artes.
– Até que não foi tão difícil encontrar ela. – disse Hick.
– Verdade, eu nunca imaginaria que essa era a Yasmin que nós estávamos procurando. – falou Andrew.
– Nem eu. - concordou a ruiva.
– Acho melhor voltarmos para casa. – sugeriu o Mini Hades.
Rachel e Andrew concordaram. Os três foram até o ponto de ônibus e pegaram um ônibus que parava em um ponto que ficava uma rua antes do bairro de semideuses. Eles desceram do ônibus e foram caminhando pela rua que por sinal estava deserta.
Eles andavam descontraidamente quando um garoto ruivo, alto, branco e musculoso agarrou Rachel pelo pescoço e colocou uma faca apontada para a base do mesmo. Hick e Andrew sacaram suas espadas e viraram para ele.
– Não sei se você percebeu, mas você está em desvantagem. São dois contra um. – disse Hick.
– Um movimento de vocês e eu mato a ruivinha aqui. - respondeu o ruivo.
– O que você quer? – perguntou Andrew vendo Hick não fez nada.
Hick ficou apenas pensando no que podia fazer para salvar Rachel. Tinha que ter uma forma. Não tinha água ali por perto, então ele não poderia usar os poderes herdados de seu avô. Droga, ele precisava de água.
– Eu quero que vocês me levem até a casa de vocês e me entreguem a Yasmin quando ela chegar lá. – respondeu o semideus desconhecido.
– Não façam isso. – pediu Rachel.
Andrew levantou a espada. Esse movimento repentino fez o ruivo cortar rasamente o pescoço de Rachel. Hick viu um filete de sangue escorrendo. Sangue era essa a resposta. O que seu avô tinha dito mesmo no sonho? O Sangue é feito de água. O probatio já sabia o que fazer. Embora não tivesse certeza de como.
– VOCÊ VAI SÓ FICAR PARADO AÍ SEM REAÇÃO. – berrou Andy com Hick.
– Se acalma, eu to pensando. – respondeu Hick.
– Vão logo ou o próximo corte na ruivinha vai ser mais fundo. – disse o ruivo.
Andrew estava prestes a berrar novamente com Hick quando viu a mão do ruivo que segurava a faca se afastando de Rachel e a expressão de confuso no rosto do mesmo. O outro braço que segurava o pescoço da ruiva se levantou libertando-a. O semideus tentava abaixar os braços, mas não conseguiu, sua expressão era de raiva.
– O que vocês estão fazendo comigo? – perguntou o ruivo nervoso.
– Você vai responder algumas perguntinhas. Ouviu bem? E se você não responder, eu te mato. – ameaçou Hick assumindo aquela expressão medonha que Rachel tinha visto na luta contra os três semideuses enviados por Gaia.
– Você não vai fazer isso. – respondeu o ruivo com deboche.
– Experimenta pra ver. – disse o probatio com um sorriso maldoso no rosto. – Vamos começar com uma pergunta fácil. Quem é seu parente divino?
– Hermes. – respondeu o ruivo.
– Bom garoto. O Que você quer com a Yasmin? – perguntou ele.
– Não é da sua conta. – respondeu o semideus.
– Resposta errada. – disse Hick forçando a mão do garoto a cortar rasamente o mesmo no ombro com a faca que este segurava. – Vou perguntar mais uma vez, o que você quer com a Yasmin?
– Vou levá-la para Ele. – respondeu o desconhecido.
– Quem é “Ele”? – inquiriu o Mini Hades.
– Não vou te contar. – respondeu o ruivo.
A faca cortou o semideus, mas desta vez o corte fora mais fundo. O sangue escorria pelo braço do mesmo enquanto ele gemia de dor.
– Quem é “Ele” – indagou o embaixador do submundo.
– Hick você não acha que está exagerando? – perguntou Andrew.
– Cala a boca Andrew. Você me pediu para ter reação, agora fique quieto. – respondeu o filho de Hades. – Anda, responde logo garoto.
– Eu não posso contar. – respondeu o desconhecido e quase ao mesmo tempo se alto esfaqueou na perna.
– Eu não estou brincando. – disse Hick com a raiva estampada no rosto.
– EU NÃO VOU TE CONTAR, NÃO VOU, PODE ME TORTURAR A VONTADE. – berrou o ruivo.
– Não vou perder meu tempo nem minha paciência com você seu inútil. – exclamou o probatio.
E dizendo isso Hick ergueu a cabeça e olhou com ódio para o rosto do garoto. De repente o pescoço dele começou a virar para o lado esquerdo e segundos depois se ouviu o barulho de ossos quebrando. O probatio sorriu e o corpo do ruivo caiu no chão mole. O semideus desconhecido estava morto.
Continua...

Espero q tenham gostado do cap
Particularmente achei divertido escrevê-lo
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