sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ilustração de Personagens

Hyuukiye (Hick) Oliver:
















Jason Grace:

















Percy Jackson:

















Reyna:

















Rachel Elizabeth Dare:

















Capítulo 4 - Embaixador do Submundo


Percy entrou no quarto de Jason exatamente na hora que este tinha decidido fazer uma brincadeira com Hick, fazendo-o escorregar em cima dele por causa do óleo e ficar com o rosto quase colado ao dele. Nesse momento o probatio ouviu o barulho da porta e viu Percy que já estava abrindo a boca com uma expressão irritada no rosto para falar algo.
– O que tá acontecendo aqui? - perguntou Percy irritado.
– Nada! Eu só estou fazendo uma massagem no Jason. - respondeu Hick calmamente.
– Jason, você reclamou de mim que tava só com o braço em volta da cintura dele e agora estão aí os dois sem camisa, um em cima do outro praticamente se beijando. O que ia acontecer se eu não tivesse chegado? Hein? - perguntou o pretor em tom acusatório.
– Ei! Ele só tava fazendo uma massagem em mim. Não foi nada de mais. Ele só caiu em cima de mim porque eu empurrei os braços dele brincando. - explicou Jason.
– Até onde eu sei, eu e o Jason somos só bons amigos, não somos ficantes, nem namorados, nem nada disso. E por que raios você acha que sou gay? - perguntou o probatio.
– Eu não acho que você seja gay. É só que você tem um jeitinho de filho de Apolo. - explicou o filho de Netuno.
– O que você quis dizer com jeitinho de filho de Apolo? - perguntou o mais novo confuso.
– Ele quis dizer que você tem jeito de quem fica com qualquer pessoa contanto que a beleza dela seja do seu nível ou superior. - exclareceu o filho de Júpiter.
Nesse momento, Hick apenas fechou os olhos, chegou perto de Percy e mandou-o sair do quarto. Este saiu batendo a porta estressado também. O garoto ficou imaginando como o moreno podia pensar aquilo dele. Ele não ficava com qualquer pessoa só pela beleza dela. Ele mal o conhecia para dizer algo daquele tipo. O probatio ficou muito nervoso com isso e decidiu que ia dar um gelo no pretor até conseguir se acalmar.
– Vem cá, não liga pro Percy não, ele só ficou com ciumes do que viu. Lembra o que você me disse? Amigos tem ciumes uns dos outros. Agora vem cá, deita aqui. vou fazer uma massagem em você para você relaxar. - disse Jason tentando acalmar o amigo.
Hick aceita a oferta do amigo e se deita na cama virado para baixo pedindo por uma massagem nas costas. Jason fez que nem o amigo havia feito com ele antes. Sentou nas pernas do moreno, jogou um pouco de óleo em suas costas e começou a espalhar com as duas mãos, dando algumas batidinhas com o lado da mão e apertando o ombro com o dedo. O loiro desceu as mãos e ficou massageando a base das costas do probatio.
Quando o óleo secou totalmente, Jason pediu para que Hick se virasse e começou a massagear o abdômen e os braços do amigo. Este estava com as bochechas um pouco vermelhas, o que fez o loiro rir. Ver o probatio desse jeito fez o pretor querer provocar ele um pouco, então ele abaixou a cabeça e foi com os lábios em direção ao pescoço do moreno, cujo qual reagiu com um suspiro e uma tremida leve. Jason vendo que Hick estava gostando continuou com os beijos no pescoço do garoto e então começou a dar leves mordidas também só para ver com o moreno ia reagir. Este reagiu de forma inesperada. Ele pegou o rosto de Jason com as duas mãos e colou seus lábios nos dele pegando o loiro de surpresa. O pretor não reagiu ao beijo, simplesmente ficou parado até Hick separar seus lábios e olhar para ele com cara de quem está arrependido.
– Olha, desculpa. Eu não devia ter feito isso. Foi errado da minha parte, por favor não leva a mal, é que eu achei que você quisesse...
Jason não deixou Hick terminar de falar, simplesmente selou a boca do garoto com um dedo e o beijou. Foi um beijo calmo e suave, mas ao mesmo tempo envolvente e sedutor. Quanto mais o loiro sentia o gosto dos lábios do moreno, mais ele queria. O beijo foi ficando mais intenso, logo o probatio estava abrindo espaço permitindo a entrada da língua do pretor em sua boca. Suas línguas dançavam em sincronia. Hick prendeu os cabelos de Jason em uma das mão, puxando o rosto do loiro mais para perto. O moreno interrompeu o beijo e desceu a boca, mordendo os ombros e a base do pescoço do pretor, este arfava alto.
De repente alguém bateu na porta, o que forçou os garotos a se separarem. Os dois trataram logo de se levantarem da cama e vestirem suas camisetas. Após isso eles abriram porta, Reyna estava parada lá na frente. A expressão dela estava séria, e ao mesmo tempo preocupada. Ela olhou para Hick com uma cara de "o que você aprontou?".
– Era você mesmo que eu estava procurando. - disse Reyna apontando para Hick.
– Como você sabia que eu estava aqui? - perguntou o garoto.
– Percy me contou. - respondeu a pretora.
– Aaaah! O Percy. Tá, mas o que aconteceu? - inquiriu o probatio.
– Nada! Só tem dois deuses parados em frente a Principia perguntando por você. - respondeu a garota perdendo o controle.
– Como assim dois deuses? - perguntou Jason preocupado. - Hick não fez nada.
– Netuno e Plutão estão em sua forma grega e querem falar com o Hick, então eu acho melhor nós irmos logo e deixar as explicações para depois. - disse a morena totalmente nervosa.
– Concordo! Vamos logo. - disse Hick pegando a mão de Jason e sussurrando no ouvido dele. - Fica comigo.
Jason apenas fez que sim com a cabeça para Hick e apertou a mão do garoto afagando-a. Os três andaram rapidamente até a Principia e chegando lá avistaram dois homens de terno parados em frente ao local.
Um era bem alto, com cabelos preto-azulados, barba mal-feita, rosto arredondado, com lábios vermelhos e hipnotizantes olhos azuis da cor do mar. Ele vestia um terno azul-marinho, com uma camisa branca por baixo e uma gravata azul-bebê com sapatos sociais pretos. O outro tinha uma altura mediana, cabelos negros bem escuros, queixo pontudo, olhos de um preto que chegava a dar medo, os lábios eram finos e rosados. Este vestia um terno preto escuro, com uma camisa preta por baixo e uma gravata cinza. Ele também calçava sapatos sociais pretos. Em volta deles estavam praticamente todos do acampamento.
Hick se aproximou deles ainda segurando a mão de Jason e com Reyna ao seu lado. Ele estava com um pouco de medo, pois não sabia o motivo daqueles dois estarem ali. Eles ficaram encarando-o por um tempo até que este soltou a mão do loiro, deu um passo a frente resolveu falar alguma coisa.
– Érr... Oi! – disse Hick.
– Nós estamos em uma situação difícil aqui garoto. – falou o deus de terno preto. – Temos que tomar uma decisão importante.
– Que tipo de decisão? – perguntou o probatio.
– Temos que decidir o que vamos fazer com você. – respondeu o mais baixo.
– Por quê? O que eu fiz? – inquiriu o garoto.
– Não foi nada que você tenha feito...
– Não conseguimos decidir quem vai te reclamar. – disse o de terno azul-marinho cortando o que o outro estava dizendo.
– Como assim? Me explica isso. – pediu o jovem.
– Eu sou Poseidon, deus dos mares e você é meu neto. – disse o deus apontando para si mesmo. – E este é Hades, imperador do submundo, seu pai. – completou ele apontando para o cara de terno preto.
Reyna olhava com os olhos arregalados de Poseidon para Hades, de Hades para Hick e de Hick de volta para Poseidon. Ela não conseguia acreditar como aquele garoto podia ser especial (ou estranho) o suficiente para ter feito dois dos três grandes virem para decidir por quem ele seria reclamado. Jason tinha uma expressão de espanto no rosto. Ele temia por Hick, dois deuses vindo atrás dele, por mais que fosse para reclamá-lo, não podia ser coisa boa. Hick era o mais confuso entre os três, ele olhava de Poseidon para Hades. Isso era o que ele mais queria, descobrir de quem ele era filho.
– Mas espera aí. Como eu posso ser seu neto? – perguntou Hick para Netuno.
– Esse aí. – respondeu o deus dos mares apontando para Hades. – Dormiu com uma de minhas filhas, o que o torna meu neto. Você tem todas as habilidades que qualquer um dos filhos dele tem, até tem algumas que os outros não costumam ter, mas ao mesmo tempo, você herdou todas as habilidades que sua mãe tinha. Sabe a sensação de força que você sente debaixo d’agua? Então, você herdou isto de mim. – completou o deus.
De tudo que Poseidon disse, a única coisa que abalou Hick foi o que ele disse sobre sua mãe. Sua mãe era filha dele e pelo jeito que ele falou dela, parecia que o deus gostava muito dela.
– Onde está minha mãe? – perguntou o garoto.
– Eu sei que você não se lembra de nada criança, mas ela morreu já tem alguns anos. – disse Hades respondendo a pergunta que Hick havia feito. – Mas eu quero que saiba que ela foi especial para mim.
– Como ela se chamava? – inquiriu Hick.
– Ela se chamava Helena Oliver. – respondeu o deus.
O pai viu os olhos do filho enchendo de lagrimas. O garoto estava passando pela sensação de perca novamente. Era difícil para o imperador do submundo vê-lo daquela forma, já fora difícil para o garoto quando perdeu a mãe e agora ele estava passando por isto novamente, por causa da sua perca de memória. Embora todos pensassem que Hades não ligava para ninguém, o deus se importava com seus filhos. Principalmente um tão especial como Hick.
– É... Garoto? – disse Hades.
– Oi. – respondeu Hick.
– Eu tenho um presente para você. – disse o deus pegando um daqueles pequenos canivetes de dentro do bolso e jogando-o para Hick.
– Um canivete? – perguntou o garoto.
– Abra-o. – disse o imperador do submundo.
Hick abriu o canivete, e para sua surpresa ele se transformou em uma espada de lâmina escura e cabo prateado com detalhes em preto. Reyna olhava para a espada impressionada como se nunca tivesse visto uma igual na vida.
– Esta é a minha espada, Hero. Ela é feita de aço estígiano. Agora ela é sua, nada pode destruí-la, e quando eu digo nada, eu quero dizer nada mesmo. – disse Hades sorridente.
Aquilo estava ficando cada vez mais estranho. Primeiro o deus havia dado a Hick sua espada e agora estava sorrindo. Poseidon também sorria enquanto tirava algo do bolso. Era um saquinho de veludo azul.
– Este é o meu presente. – disse o deus dos mares jogando o saquinho para Hick. – Estes cristais podem transportar até quatro pessoas para qualquer lugar desejado, mas tenha sabedoria, eles só podem ser usados uma vez cada.
Dentro do saquinho tinha três cristais azuis. Hick se virou para Reyna e Jason e viu que eles estavam tão surpresos quanto ele. Receber presentes dos deuses era incomum para semideuses, ainda mais de dois deuses diferentes no mesmo dia.
– Obrigado! – agradeceu Hick se curvando para os deuses.
– Não precisa agradecer garoto. – disse Poseidon. – Mas agora está na hora de ver quem vai reclamá-lo.
– Por que os dois não podem me reclamar? – perguntou o garoto.
– Você até que é bem inteligente garoto. Se eu não soubesse que você é meu filho, diria que é filho de Athena. – disse Hades. – Se bem que você é tão bonito quanto Apolo. – completou ele rindo do que havia dito.
O deus provavelmente teria que prestar contas a Apolo depois dessa sua afirmação.
– Faremos assim, seu pai te reclama e eu te abençoo. – sugeriu o deus dos mares trazendo de volta a seriedade do assunto. – Afinal ele que é seu pai e não eu, embora eu também goste bastante de você. Você é importante garoto.
Segundos depois o símbolo de Hades foi marcado em dourado no braço direito de Hick, no braço esquerdo apareceu uma tatuagem em forma de tridente. O filho do imperador do submundo olhou para a tatuagem no braço esquerdo e abaixou a cabeça pensando na mãe que ele nem ao menos se lembrava de como era.
– Como ela era? Minha mãe. – perguntou Hick ainda de cabeça baixa.
– Ela era linda, garoto, assim como você. Você tem os olhos dela. Qualquer dia desses eu trago uma foto dela para você. – disse Hades.
– Eu ficaria muito feliz com isso pai. – falou o garoto.
– Nós ainda temos mais uma coisa para fazer aqui Hick. Nós temos uma missão para você. – disse Poseidon sério.
– Que tipo de missão? – perguntou o jovem.
– Você deve ir resgatar sua prima Yasmin em New York. Ela está passando por problemas com monstros e você deve trazê-la em segurança para o acampamento Júpiter. – explicou Hades. – Para isso você deve levar com você dois semideuses e a Oráculo. Um dos semideuses pode ser seu namoradinho filho de Zeus, tenho certeza que ele não o deixaria ir sozinho.
Hick e Jason enrubesceram. Reyna soltou um risinho forçado e olho para os dois.
– Ele não é meu namorado. – disse Hick tropeçando nas palavras.
– Não precisa mentir para mim garoto. Não se esqueça de que seu primo Apolo também gosta de garotos e garotas. – falou o imperador do submundo rindo.
Hades era totalmente diferente do que Hick imaginava. Ele era legal e tinha senso de humor. Diferente do que costumavam dizer, ele parecia se importar com o filho.
– Eu não estou mentindo. – disse o probatio depois de um tempo.
– Ele sabe que não Hick. Ele apenas não podia perder a oportunidade de expor seu primo Apolo. O difícil vai ser aguentar o chilique dele depois. – falou Poseidon entre suspiros. – E, por favor, não brinque com os sentimentos de Percy, ele realmente gosta de você e também continua sendo meu filho favorito. Completou o deus.
Nessa hora Hick ficou extremamente embaraçado, mas ao mesmo tempo confuso. Ele estava certo sobre os sentimentos de Percy e de Jason, embora ficasse mentindo para si mesmo dizendo que era só amizade. Mas e ele? Qual dos dois ele amava? Ele não conseguia escolher um e simplesmente deixar o outro para lá. Estava aí outra missão para ele, descobrir de quem ele realmente gostava.
– Só mais uma coisa Hick. Leve Percy com você nesta missão, ele é amigo de Rachel assim como você e pode te ajudar bastante. – pediu Poseidon.
– Eu já estava pensando em levá-lo mesmo vô, mas mesmo assim, obrigado pela indicação. – disse Hick piscando para o avô.
– Estou vendo que Afrodite e Eros vão se deliciar com essa missão. Eu sei que ela adora triângulos amorosos. – falou Hades rindo.
– Certo, que é você e o que fez com Hades? – perguntou Jason.
– Você com certeza está acostumado com a minha versão romana e sem senso de humor genrinho. – respondeu o imperador do submundo.
Jason ficou tão vermelho quanto um tomate. Hades só ria ao ver o garoto desse jeito. Uma coisa o deus tinha que admitir, os semideuses o divertiam, e muito. Hick olhou para o pai com uma expressão de “chega de palhaçada”, o que fez o pai parar de rir imediatamente e adquirir uma postura séria.
– Tome cuidado da e com a espada que te dei filho. O poder dela é equivalente ao poder do tridente de Poseidon e do Raio Mestre de Zeus. – comentou Hades.
– Vou tomar. – respondeu Hick.
– Espera aí, você vai realmente dar uma arma de tamanho poder para um semideus? – perguntou Reyna incrédula.
– Vou sim! – exclamou Hades. – Até onde sei, sou eu que decido o que fazer com minhas coisas e se eu quero dar minha espada a ele, eu vou dar. Você achando certo ou não.
Depois do que Hades falou, Reyna ficou calada.
– Agora nós temos que ir garoto. O Olimpo nos espera. Se cuide. – despediu-se Poseidon.
– Faça bom uso de seus presentes meu pequeno embaixador do submundo. – disse Hades ao abraçar o filho em despedida enquanto este sussurrava um tchau.
– E você. –disse o deus apontando para Jason. - Cuida bem do meu filho e trate de fazê-lo feliz. – completou ele.
– Pode deixar. – respondeu Jason vermelho.
Após isso, os deuses assumiram suas formas verdadeiras e gigantescas e foram embora. Hick ficou olhando para eles até o último segundo. Ele nunca pensou que pudesse ser neto de Poseidon, ou que fosse gostar tanto de ser filho de Hades. Seu pai era um deus legal. Pela primeira vez, ele se sentiu especial.
Depois da partida dos deuses, todos encaravam Hick, alguns com admiração, outros com inveja, alguns até com medo. Jason chegou perto dele e entrelaçou seus dedos. Reyna continuava com o olhar incrédulo no rosto. O probatio não tinha certeza se aquilo era inveja ou alguma outra coisa, mas só por precaução resolveu que não ia mais chegar perto da garota.
– Você quer ir jantar ou quer voltar para o quarto para ingerir as novidades? – perguntou Jason afagando a mão de Hick.
– Eu quero ir pro quarto. – respondeu Hick baixinho. – Não quero ir para o refeitório com todo mundo me olhando desse jeito.
– Tudo bem! – disse o loiro afagando a mão do moreno. – Lá no meu quarto tem algumas coisas que podemos comer.
Os dois garotos foram para o quarto de Jason sem nem se despedir de Reyna. A garota ainda estava naquele estado de incredulidade. Eles caminhavam de mãos dadas sem ligar para nada, ou ninguém.
Ao chegar no quarto, Hick se deitou na cama e Jason abriu uma das gavetas da cômoda que estava cheia de biscoitos recheados, salgadinhos e outras coisas. O loiro perguntou o que o amigo queria, este respondeu que podia ser qualquer coisa. Então o pretor pegou dois pacotes de biscoito recheado e entregou um ao moreno, que o abriu e começou a comer lentamente. O filho de Júpiter se sentou ao lado de Hick na cama e também tratou de abrir seu pacote de biscoito e comer.
Após comerem os biscoitos, Jason se levantou e colocou outro filme no videogame para os dois assistirem. Era um romance chamado “Um Amor Para Recordar”. O loiro se sentou escorado na cabeceira da cama, de pernas abertas e o moreno tratou logo de ir se deitar entre as pernas dele. O filme era sobre uma garota com Leucemia que não queria se apaixonar, mas acabou se apaixonando pelo babaca da escola que deixou de ser babaca.
De vez em quando Jason parava de assistir para depositar um beijo rápido nos lábios de Hick, ou apenas para acariciá-lo e olhar para seu rosto. O moreno estava muito feliz, pois o loiro o estava fazendo deixar de lado a tristeza que ele sentia pela perda da mãe.
Mais ou menos no meio do filme Jason se levantou dizendo que ia vestir o pijama e perguntou se Hick queria um emprestado também. O garoto recusou, mas ficou observando enquanto o loiro se trocava. O pijama do pretor era um short curto que só ia até metade da coxa e uma camiseta fina de algodão, ambos na cor azul-bebê.
Hick se levantou e foi ao encontro de Jason agarrando-o pela cintura e selando seus lábios em um beijo calmo e delicado. Os lábios do loiro eram macios e tinham um gosto ótimo e diferente de tudo que o moreno já havia provado. Os dois movimentavam os lábios em sincronia quase como se só os tivessem para isto.
Depois de um tempinho eles foram obrigados a separar os lábios para poderem respirar. Jason riu e afagou a bochecha de Hick levando-o de volta para cama. Como estava tarde, os dois decidiram ir dormir, apenas desligaram a televisão e o videogame antes disso.
[...]
Hick e Jason acordaram com algumas batidas na porta. Ambos levantaram e abriram a porta. Rachel estava parada na frente da porta com um sorriso no rosto.
– Bom dia dorminhocos. – disse ela.
– Bom dia! – responderam os dois.
– Que horas são? – perguntou Hick.
– São seis da manhã. – respondeu Rachel agitada.
– Por que você ta acordando a gente tão cedo? – inquiriu Jason.
– Nós temos muito que fazer hoje. Primeiro vamos tomar café da manhã, depois vamos arrumar as coisas da missão, treinar um pouco, comprar as passagens de avião para New York, fazer as malas...
– Tudo bem. – disse o moreno interrompendo a garota. – Só deixa a gente trocar de roupa, já já nós descemos para o refeitório. Espera a gente lá.
– Okay! – respondeu a garota dando pulinhos.
Rachel desceu as escadas e se dirigiu para o refeitório. Jason e Hick foram trocar de roupa. O loiro vestiu uma camiseta branca colada ao corpo que destacava seus músculos do abdômen, juntamente com uma jaqueta jeans de um azul meio desbotado, uma calça jeans azul-clara e um tênis branco. Resumindo, ele estava lindo aos olhos de Hick. Já o moreno vestiu uma camiseta preta com gola em V, uma jaqueta de moletom roxo-escuro por cima, uma calça jeans azul-escuro e um tênis preto com detalhes em prata.
Depois de se trocarem, os dois garotos desceram e foram para o refeitório, onde encontraram Rachel e Percy sentados à mesa que geralmente ficava vazia. Percy cumprimentou-os com um aceno de cabeça e a ruiva estava abrindo a boca. Hick pensou que ela já fosse tagarelar, mas viu a expressão séria em seu rosto e resolveu perguntar se tinha algo errado.
– O que foi? – inquiriu o garoto.
– Eu estava conversando com o Percy e acho que já sei como vamos fazer para recuperar a sua memória. – respondeu a garota olhando nos olhos dele.
Continua...