terça-feira, 9 de outubro de 2012

Capítulo 10 - Flashback


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiii
Akie estou eu com um cap novo pra vcs.
Dsclp a demora e por pfvr n me matem, até pke se me matarem vcs n vão ter fic pra ler.
shaushauhsuahsuahsa
Enfim, apreciem a leitura, flo com vcs lá em baixo.
// Flashback em itálico.



Hick sacudiu a cabeça tentando afastar aquelas lembranças de sua mente, mas os flashbacks insistiam em passar por sua mente. As lembranças eram desagradáveis o suficiente, neste momento ele sentia falta da perca de memória. Cansado de tentar afastar as imagens, ele se deixou reviver em sua mente tudo o que aconteceu.
O sol brilhava forte no quintal de uma bonita e grande casa de três andares. Hick se encontrava sentado abaixo dos galhos de uma árvore com suas costas recostadas na mesma, ele lia um livro grosso e grande sobre música, o que sempre fora sua paixão. Seu sonho era tornar-se um cantor famoso, mesmo sabendo da dificuldade de conseguir isto, ele tinha em mente que devia lutar por seus sonhos. Com apenas sete anos ele já tinha uma mente mais madura do que a de muitos que são mais velhos que o mesmo.
O garoto pousou o livro emborcado em seu colo para não perder a página que estava lendo. Seus olhos se fecharam vagarosamente enquanto ele deixava sua imaginação levá-lo para frente de uma multidão que clamava por ele, gritava seu nome. Hick estava prestes a subir no palco quanto foi desperto de seus devaneios por uma criatura pequena e muito fofa. Grace.
Grace era a irmã mais nova de Hick. Era filha de Helena com seu atual marido na época, Richard Sulkin. A pequena tinha apenas cinco anos de idade e adorava o irmão como se este fosse a pessoa mais maravilhosa do universo. Tinha lindos e longos cabelos louro escuros, diferentes do de todos na família, sua pele tinha um tom azeitonado, seus olhos eram de ema coloração que variava entre o verde, o azul e o acinzentado, dependia da iluminação, ela era um pouco maior que a maioria das crianças de sua idade, mas o que a tornava realmente especial e querida por todos, era o fato de ser meiga e doce com todos, sem exceção. A garota tinha o coração mais puro que o irmão havia visto e ele a amava mais que tudo no mundo.
Grace vinha correndo em direção ao irmão, chamando seu nome repetidas vezes, cada vez mais alto que a anterior. Suas bochechas estavam um pouco avermelhadas, não se sabia se pelo calor ou por algum outro motivo. Quando finalmente alcançou Hick, a pequena curvou-se um pouco arfando vagarosamente tentando normalizar a respiração. O mais velho olhava para ela com os olhos semicerrados tentando adivinhar o motivo da correria toda.
– O que houve bonequinha de porcelana? – perguntou Hick atenciosamente.
Diferente do que costumava fazer, Grace não riu e pulou no colo do irmão, apenas continuou com a expressão séria no rosto encarando o do irmão. Sua expressão dizia que algo estava muito errado e Hick notou isso.
– Papai está bravo com você. Muito bravo. – a pequena demorou bastante para responder, e quando o fez sua voz soava chorosa.
– Por quê? – perguntou Hick franzindo a testa suavemente. Por sua cabeça passavam todas as coisas erradas que ele havia feito, como por exemplo, fugir da escola na aula de literatura, pois tinha dificuldade na matéria e em ler o que estava escrito, a professora sempre pegava em seu pé por isso. Ou talvez fosse por ter quebrado a pia do banheiro, embora ele não tivesse idéia de como havia feito aquilo.
– O quarto dele e da mamãe está todo destruído. O abajur está no chão quebrado, a cama quebrou, o guarda-roupa está todo revirado e o chão está todo sujo. Ele acha que foi você. – respondeu Grace ainda com a voz chorosa.
– Seu pai por acaso tem algum problema? – inquiriu o garoto já se alterando. – Ele me culpa por tudo, tudo que acontece nessa casa é minha culpa, tudo.
– Calma Hick! Se você conversar com ele direitinho e explicar que não foi você ele vai acreditar. – respondeu a pequena com a voz melosa.
– Doce ilusão essa sua Grace. Nunca que seu pai vai perder a oportunidade de me culpar por algo. Ainda mais hoje que a mamãe não está em casa e ele está de folga. – disse o irmão mais velho enquanto balançava a cabeça negativamente. – Esqueceu que ele me detesta?
– Isso não é verdade. O papai gosta de você. No fundo ele gosta. – disse a mais nova com a mesma voz melosa de sempre.
– Só se for no fundo do oceano, garanto que ele me adoraria lá. Bem no fundo mesmo, de preferência sem chance de escapar. – respondeu Hick meio que rindo das próprias palavras.
– O papai não é tão mal assim. Ele gosta de você, eu sei disso. – falou Grace olhando fixamente para o irmão.
– Grace ele só gosta de você e da Alli, de mim não, isso é um fato. Ele sempre arruma uma forma de me culpar por algo ou brigar comigo. – disse Hick um pouco ressentido, pois mesmo o padrasto não gostando dele, o garoto sentia afeição pelo mesmo.
Novamente Hick perdia-se em pensamentos em frente à irmã. Ela o observe enquanto este tinha uma expressão avoada no rosto, ele olhava para o nada quase como se estivesse paralisado por algum tipo de veneno. A garota já conhecia aquela expressão, ela indicava que ele estava voando alto perdido em pensamentos. Grace teve que estalar os dedos várias vezes para conseguir trazer o irmão à realidade. Este chacoalhou a cabeça algumas vezes quando se tocou de que a pequena tentava chamar sua atenção, então olhou para ela.
– Terra chamando Hick! Terra chamando Hick! – chamou Grace em tom de reclamação.
Hick apenas riu divertidamente antes de sussurrar um “Acordei!” para a irmã. Ele fechou o livro e fez um rápido cafuné na cabeça da irmã, então se dirigiu para dentro de casa. O garoto percorreu todo o perímetro do quintal lentamente sem nenhuma pressa de chegar em casa, pois sabia que assim que pusesse os pés lá dentro teria que ouvir as reclamações do padrasto e suas acusações sem fundamento.
Assim que passou pela porta e adentrou a sala de estar ele viu seu padrasto sentado no sofá com uma expressão descontente no rosto. Os braços de Richard estavam abertos e estirados pelo comprimento do sofá, suas pernas esticadas e seus pés pousados na pequena mesinha de centro. O perfeito cara folgado.
Hick fingiu que não o viu e passou reto por ele indo em direção a escada, subiu-a rapidamente, fazendo um pouco mais de barulho do que o necessário. O garoto pensou que o padrasto viria atrás dele, mas este não veio então ele fechou a porta do quarto e se jogou na cama olhando para o teto. Ele se perguntava o que Richard tentaria fazer desta vez. Da última vez que discutiram o padrasto tentou bater nele, mas ele por ser mais rápido conseguiu fugir correndo para a casa de seu melhor amigo Alex e lá ficou até que a mãe chegou do trabalho e foi buscá-lo.
Hick brincava com uma mexa de seu próprio cabelo enquanto olhava para o teto, pensou em pegar seu MP3 para ouvir música, mas a preguiça não o deixou fazer isso, então ele apenas começou a cantarolar uma música qualquer para passar o tempo. O garoto pretendia ficar no quarto até a mãe chegar do trabalho assim poderia fugir da bronca do padrasto e do que quer que ele estivesse planejando fazer consigo.
Alguns minutos mais tarde o rapazinho já havia pegado no sono, estava em um cochilo muito gostoso quando acordou com o barulho de batidas na porta de seu quarto, ele se levantou e foi checar quem era antes de abri-la. Quem batia na porta era sua irmã Grace. Hick abriu a porta e deixou a garota entrar para fazer-lhe companhia. Os dois ficaram conversando sobre assuntos aleatórios por mais ou menos uma hora.
O mais velho já havia praticamente esquecido sobre a raiva do padrasto quando este bateu à porta com força chamando seu nome. O garoto até pensou em não abrir a porta e deixar o padrasto lá, mas pensou melhor e viu que com a força que outro estava batendo provavelmente faria a porta quebrar, então resolveu abri-la.
Richard adentrou o quarto de Hick em passos largos, por sua expressão facial via-se de que ele estava muito bravo por ter sido ignorado pelo garoto quando este passou por ele na sala. Ele havia dado tempo para o enteado descer as escadas e ir pedir desculpa e receber sua devida punição como um bom garoto. Na cabeça dele o garoto não sabia o que era educação e muito menos respeito.
O padrasto agarrou o braço de Hick com força e começou a chamar o garoto de todos os nomes feios possíveis. Grace encostou-se à parede perto da cama do irmão e se sentou tampando os ouvidos com força tentando abafar o barulho dos gritos de seu pai e de seu irmão que agora retrucava tudo que o padrasto dele falava.
Richard foi para cima de Hick tentando bater no garoto, este fugiu do soco que o padrasto tentou lhe dar e acertou-lhe a perna com um chute, então o garoto saiu do quarto correndo e foi para o banheiro, o marido de sua mãe o seguiu. Richard segurou a porta do banheiro antes que o enteado a fechasse. Grace seguiu o pai e o irmão até o banheiro, onde os dois recomeçaram com a briga e todos os palavrões. A garotinha só conseguia ver os chutes e socos trocados pelo pai e pelo irmão, embora fosse jovem Hick era bastante forte, só que o padrasto do garoto era mais, apenas por ser adulto. A pequenina gritava pedindo que os dois parassem, mas nenhum deles lhe dava ouvidos, era como se a raiva houvesse deixado-os momentaneamente surdos.
A briga prosseguiu por vários minutos, o garoto sentia um ódio muito forte dentro de si, a raiva o consumia por completo, ele batia e apanhava do padrasto, até que chegou um momento onde a torneira da pia e a privada explodiram e a água começou a jorrar fortemente contra Richard, este bateu a cabeça na soleira da porta e caiu no chão desacordado.
Hick deixou o banheiro olhando para baixo com os olhos semicerrados, o garoto tropeçou em algo. O jovem praguejou baixinho por ter tropeçado, mas quando finalmente prestou atenção no que ele havia tropeçado o garoto gelou. Levaram alguns segundos até o garoto dar por si que havia tropeçado no corpo da irmã. O garoto checou o pulso da irmã com esperança de que ela estivesse viva, mas não estava ele fechou os olhos parado retamente refletindo sobre como aquilo poderia ter acontecido. A pequena Grace jazia morta no chão, tinha sangue saindo por suas cavidades nasais e por sua boca, seu corpo estava mole, pálido e sem vida, seus olhos fechados, seus lábios entreabertos como se ela estivesse prestes a falar algo.
Hick abaixou-se ficando de joelhos no chão, ele colocou ambos os braços suavemente em baixo da irmã e levantou-a cuidadosamente. As lágrimas começavam a rolar por seu rosto enquanto ele olhava para o rosto da irmã morta. Sua mão passeou pelo rosto dela suavemente fazendo uma última carícia, então o garoto se pôs a gritar. Ele não gritava palavras, apenas gritava alto.
Por dentro o garoto se xingava sentindo um ódio imenso de si mesmo. Mesmo não sabendo como havia feito aquilo, Hick sabia que fora o causador da morte da irmã e aquilo iria atormentá-lo pelo resto da vida. O garoto sentia uma dor no coração, uma dor forte, a dor da perca, da culpa, da decepção.
As lágrimas de Hick caiam na roupa de Grace enquanto este suspirava chorando. O garoto se sentia péssimo pelo que havia feito, se sentia sem chão, quase como se aquilo nunca fosse passar. Em seu íntimo ele desejava avidamente que aquilo fosse apenas mais um de seus terríveis pesadelos, mas ele sabia que não era um pesadelo, era real e ele teria que lidar com aquilo.
Hick balançou a cabeça novamente, desfazendo as imagens em sua mente. Ele lembrava-se perfeitamente do momento que viu sua irmã morta no chão e da dor que sentiu na hora. Dor esta que o atingia mais uma vez. O probatio pôs-se a chorar avidamente por causa das lembranças.
O Mini Hades limpou os olhos rapidamente quando ouviu alguém batendo de leve na porta de seu quarto. Ele se levantou e caminhou até a porta em passos curtos, e então colocou a mão na maçaneta preparando-se para abri-la. Tomou um grande suspiro, então finalmente abriu-a.
Continua...
Notas do Autor:
Oiiii! Como sei que muitos não costumam ler as notas finais, peço que hoje leiam. Desde já agradeço. Beijão a todos.


Notas finais do capítulo

Oiiii dnv.
Td bem com vcs?? 
Espero que sim.
Enfim, parando com a enrolação, gostaria de avisar que as atualizações da fic n teram uma data certa pra acontecer, meu fim de ano tah mto corrido, eskola, inglês, técnico, mãe e o escambau a 4 me atrapalhando, entum peço q tenham paciência e n abandonem a fic, continuarei a escrevê-la.
Bjs e deixem reviews se puderem.
Obg!